Willie Pye, de 59 anos, foi submetido à injeção letal por volta das 23h03 locais (0h03 de Brasília, quinta-feira) em uma prisão localizada em Jackson. A Suprema Corte dos Estados Unidos e a Junta Estadual de Indultos rejeitaram um pedido de clemência apresentado pela defesa de Pye, o qual argumentava que o réu sofria de uma deficiência intelectual e teve uma infância marcada pela pobreza e abusos.
O condenado, um afro-americano, foi sentenciado à morte em 1996 pelo sequestro, estupro e assassinato de sua ex-namorada Alicia Yarbrough, atos cometidos em conjunto com dois cúmplices. A história de Pye teve um capítulo de reviravolta em 2021, quando uma corte de apelações anulou sua sentença devido à falta de uma defesa eficaz durante o julgamento original. No entanto, a pena de morte foi novamente imposta em 2022.
Pye não emitiu uma declaração final antes da execução, mas aceitou uma oração momentos antes da aplicação da injeção letal. Esta foi a terceira execução realizada nos Estados Unidos apenas neste ano, refletindo a postura de diversos estados que ainda mantêm a pena capital como forma de punição.
Embora a pena de morte tenha sido abolida em 23 estados e suspensa em outros seis, dados do ano anterior indicam um número significativo de execuções, a maioria ocorrida por injeção letal. O caso de Willie Pye reacendeu o debate sobre a eficácia e moralidade da pena de morte como forma de justiça, deixando um legado de controvérsias e reflexões sobre o sistema jurídico e penal nos Estados Unidos.