Ex-primeira-dama é acusada de receber dinheiro desviado

Ex-primeira-dama é acusada de receber dinheiro desviado

A ex-primeira-dama do estado e ex-secretária de Assistência Social de Mato Grosso, Roseli Barbosa, mulher do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), e outras cinco pessoas, viraram réus no processo criminal que apura um esquema que teria desviado R$ 8 milhões dos cofres públicos, entre 2011 e 2014. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) foi recebida no último dia 12 de junho pelo Luís Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara Especializada Ação Civil Pública e Ação Popular.

Também viraram réus um funcionário público, um empresário, um ex-secretário, uma ex-secretária-adjunta e um membro de um instituto. O esquema seria liderado por Roseli, na época a responsável pela Secretaria de Assistência Social de Mato Grosso (Setas). O esquema foi investigado pelo MPE na operação “Arqueiro” e tinha a participação de servidores públicos e empresários, segundo o MPE. Roseli se declarou inocente e afirmou não ter participado de nenhum esquema, diz o G1.

O juiz considerou que existiam elementos que indicavam atos de improbidade administrativa e aceitou a denúncia contra os cinco réus. Roseli e os demais réus deverão se manifestar judicialmente no prazo de 15 dias.

Segundo o MPE, foram criadas instituições sem fins lucrativos de fachada para firmar convênios falsos com a Secretaria de Assistência Social. Com o valor recebido pelo convênio, parte dele era desviado e dividido entre os envolvidos, sendo que 40% ficava com Roseli Barbosa. Também foram usados empregados e servidores como laranjas para fraudes em licitações e falsidade ideológica.

Conforme o MPE, era Roseli quem controlava a divisão do lucro, mesmo quando não era beneficiária.

Operação Arqueiro
As investigações começaram após divulgação de apostilas com erros grotescos que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo promovidos pelo governo do estado. Três empresas investigadas teriam recebido do governo do estado o valor de R$ 20 milhões, em apenas dois anos, para executar programas sociais, como o “Qualifica Mato Grosso” e “Copa em Ação”, por exemplo.

A investigação iniciou após publicação de apostilas, em abril de 2013, com deboches e xingamentos contra municípios mato-grossenses, sendo que o material era de capacitação profissional em cursos de hotelaria e turismo, oferecidos pelo governo do estado.

O conteúdo das apostilas gerou repercussão e provocou investigação policial devido a erros histórico-geográficos e trechos difamatórios, como o que xinga de “porcaria” o município de Barão do Melgaço, a 121 km de Cuiabá. À época, o caso foi tratado como uma suposta sabotagem, entretanto, o inquérito da Polícia Civil apontou que tudo não passou de “pura negligência” e violação a direitos autorais.

22/06/2017

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