Nascido na França, mas radicado no Brasil desde os quatro anos de idade, Gil de Ferran tinha nacionalidade brasileira. Mesmo não tendo alcançado a Fórmula 1, que é a modalidade mais popular do automobilismo, ele teve uma carreira de muito sucesso, vivendo seu auge algum tempo depois da trágica morte de Ayrton Senna em 1994, o que o fez herdar uma parte do carinho que os fãs de velocidade tinham pelo tricampeão da Fórmula 1.
Ferran ficou conhecido ao chegar à Indy em 1995, e venceu seu primeiro título cinco anos depois, em 2000, correndo pela equipe Penske. Além disso, conquistou o bicampeonato no ano seguinte e, em 2003, foi o vencedor da tradicional disputa das 500 Milhas de Indianápolis, em uma edição histórica para o automobilismo brasileiro, com o pódio sendo completado por seus compatriotas Helinho Castroneves e Tony Kanaan.
No início de sua carreira, em 1993, Ferran chegou a participar de um teste da equipe Footwork para ingressar na Fórmula 1, porém uma batida na cabeça, sofrida em meio à pressão e ansiedade da avaliação, acabou prejudicando suas chances.
Mais recentemente, Ferran vinha trabalhando nos bastidores da principal categoria do automobilismo como consultor para a McLaren, além de ter atuado como diretor esportivo da equipe. Antes disso, exerceu cargos diretivos nas extintas Honda e British American Racing.
A morte de Gil de Ferran representa uma grande perda para o automobilismo brasileiro e mundial. Seu legado como piloto e influência nos bastidores da Fórmula 1 e da Fórmula Indy deixará saudades. Este é um momento de luto para todos os fãs de automobilismo ao redor do mundo.