Heleno declarou que deixou de ser ministro no dia 31 de dezembro de 2022 e que, desde então, não teve contato com os servidores do GSI ou da Presidência da República. Portanto, ele alega não ter condições de prestar esclarecimentos sobre os acontecimentos do dia 8 de janeiro.
Durante seu pronunciamento, Heleno ressaltou que nunca tratou de assuntos eleitorais com seus subordinados no GSI e que não utilizou reuniões, palestras ou conversas para discutir assuntos político-partidários. Segundo o ex-ministro, não havia clima para esse tipo de discussão.
Em relação ao acampamento de militantes bolsonaristas em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, Heleno afirmou que esse assunto era responsabilidade do Ministério da Defesa, não do GSI. Ele esclareceu que nunca esteve presente no acampamento.
Na segunda-feira (25), o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Heleno o direito de permanecer em silêncio diante das perguntas dos parlamentares, caso suas respostas possam resultar em prejuízo ou autoincriminação. Além disso, a decisão do STF assegura a presença de advogados durante o depoimento.
Inicialmente, a defesa de Heleno solicitou que ele não fosse obrigado a comparecer à CPMI, alegando que o general foi convocado como testemunha, mas é mencionado nos requerimentos de convocação como investigado. Contudo, essa argumentação não foi aceita por Zanin.
O depoimento do general Augusto Heleno continua no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Mais informações serão divulgadas em breve.
fonte: Adaptado de https://www.camara.leg.br/noticias/999215-QUEM-JA-DEPOS-NA-CMPI-DO-8-DE-JANEIRO