Ex-chanceler da China, desmascarado por caso extraconjugal, tem filho em barriga de aluguel nos EUA, revela Financial Times.

O ex-chanceler da China, Qin Gang, recentemente destituído de seu cargo, está envolvido em um escândalo de assuntos extraconjugais. Segundo informações divulgadas pelo Financial Times, Qin teve um relacionamento com a apresentadora de TV chinesa Fu Xiaotian, com quem teve um filho através de barriga de aluguel nos Estados Unidos. Essa prática é proibida na China.

Fu, de 40 anos, estava em um relacionamento com Qin durante seu mandato como principal enviado de Pequim a Washington. A CNN ouviu fontes que afirmaram não saber a identidade do pai do bebê nascido no ano passado.

De acordo com o Financial Times, Fu parou de postar nas redes sociais em abril e de responder às mensagens em junho, mesmo período em que Qin fez suas últimas aparições públicas. Ela apresentava um programa chamado “Conversa com líderes mundiais” na rede Phoenix TV.

O relacionamento entre Qin e Fu começou em Pequim cerca de uma década após eles se conhecerem em Londres, quando Fu terminou a universidade de Cambridge e Qin foi enviado ao Reino Unido como encarregado de negócios da China.

O Ministério das Relações Exteriores da China e a Phoenix TV não responderam aos pedidos de comentários do Financial Times. Tanto Fu quanto Qin não foram encontrados para darem suas versões sobre o assunto.

Qin, que era considerado um assessor de confiança do líder chinês Xi Jinping, foi substituído por seu antecessor, Wang Yi, sem explicações, depois de ficar ausente por pelo menos um mês. Inicialmente, o Ministério das Relações Exteriores alegou que a ausência de Qin se deu por motivos de saúde.

No mês passado, altos funcionários chineses foram informados sobre a investigação do Partido Comunista sobre Qin, que havia sido embaixador chinês nos EUA. O motivo oficial para sua demissão foram questões de estilo de vida, um termo comum utilizado para se referir a má conduta sexual.

Na China, casos de má conduta sexual são frequentemente utilizados para desacreditar funcionários destituídos e considerados desleais ao partido. No caso de Qin, a investigação revelou o relacionamento extraconjugal e o filho nascido nos EUA, o que poderia comprometer sua capacidade de representar os interesses da China ao lidar com os americanos.

Qin teve uma carreira de sucesso, sendo promovido rapidamente de porta-voz do Ministério das Relações Exteriores para embaixador chinês nos EUA e, posteriormente, ministro das Relações Exteriores. Ele teve um papel importante na organização de viagens ao exterior de líderes chineses, o que lhe permitiu trabalhar em estreita colaboração com Xi.

Qin se tornou conhecido por suas respostas duras como porta-voz estrangeiro. Em sua primeira aparição na imprensa como ministro, ele alertou os EUA sobre a possibilidade de “conflito e confronto” se não pisassem no freio. Pouco depois, as relações entre China e EUA entraram em uma espiral descendente com a crise do balão de espionagem derrubado pelos EUA.

O escândalo envolvendo Qin Gang é mais um acontecimento que abala a política chinesa e sua imagem no cenário internacional. A China tem adotado uma postura cada vez mais assertiva como potência global, porém, escândalos como esse colocam em xeque a confiança depositada nos altos funcionários do país. Resta aguardar como esse caso será tratado e quais os desdobramentos que terá na carreira política de Qin.

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