Um jogador entrevistado para o relatório afirmou que “esse acesso constante ao meu verdadeiro eu como jogador reduziu o limite dos torcedores no estádio a um ponto em que alguns acham que têm o direito de fazer coisas que na verdade não têm”. O relatório também destacou que a ameaça de violência afeta o desempenho dos jogadores e contribui para problemas de saúde mental, como a depressão.
A Fifpro manifestou o desejo de uma maior utilização de tecnologia, como scanners de segurança e reconhecimento facial, para identificar e deter os agressores, bem como a proibição de torcedores violentos pelos clubes. Segundo o relatório, os artefatos lançados no campo representam a maior ameaça à segurança dos jogadores, especialmente dos goleiros. Isso foi ilustrado por casos de jogadores que sofreram lesões significativas devido a artefatos de pirotecnia ou foguetes lançados.
O relatório também trouxe à tona casos de abusos racistas, como o sofrido pelo jogador Vinicius Jr., do Real Madrid, durante um jogo contra o Valencia. O Valencia foi obrigado a fechar parcialmente o Estádio Mestalla por três partidas e foi multado pela federação espanhola de futebol pelo incidente. Além disso, o técnico do Olympique Lyonnais, Fabio Grosso, sofreu um ferimento grave no olho quando seu ônibus foi atacado por torcedores do Marselha.
Diante dessas questões, a Fifpro ressaltou a importância de garantir a segurança dos jogadores, funcionários e espectadores nos estádios. Segundo Alexander Bielefeld, diretor de política global e relações estratégicas da Fifpro para o futebol masculino, “os clubes, as ligas e as federações têm a responsabilidade de garantir que os jogadores, como funcionários, tenham um ambiente de trabalho seguro para atingir seu máximo desempenho”.
Portanto, a violência nos estádios e em torno dos jogos de futebol não afeta apenas o aspecto esportivo, mas também a segurança e bem-estar dos envolvidos. Medidas de proteção e prevenção são necessárias para garantir que os campos de futebol sejam ambientes seguros para todos.