Equipe da PF viajará aos EUA para investigar transações de joias envolvendo Bolsonaro e aliados, aponta reportagem da Folha.

A equipe da Polícia Federal está se preparando para uma viagem aos Estados Unidos com o objetivo de investigar as transações relacionadas a joias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus associados, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid. Esta viagem, prevista para ocorrer ainda neste mês, é considerada uma etapa crucial para a conclusão das investigações no Brasil.

Desde o ano anterior, após um pedido de cooperação internacional feito pela PF ao governo dos EUA, o FBI começou a colaborar com as autoridades brasileiras nas investigações sobre a venda de joias e outros itens de luxo recebidos pelo ex-presidente. Esse acordo, conhecido como Tratado de Assistência Jurídica Mútua, está atualmente em vigor.

De acordo com informações reveladas pela Receita Federal e reportagem da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, as joias enviadas pelo governo da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram avaliadas em mais de cinco milhões de reais. Além disso, as investigações apontaram que Bolsonaro e seus colaboradores retiraram do país, a bordo do avião presidencial, pelo menos outros quatro conjuntos de bens recebidos durante viagens internacionais enquanto ele era chefe de Estado.

A família Bolsonaro e Mauro Cid possuem contas bancárias nos Estados Unidos, o que levanta suspeitas de que essas transações possam ter sido realizadas através dessas contas. As investigações também apontaram que a loja e a casa de leilões onde as joias foram negociadas estão localizadas no país, o que torna esses locais alvos de investigação.

Essa investigação sobre as joias será o segundo inquérito concluído pela PF que envolve Bolsonaro. Os investigadores também estão trabalhando para finalizar uma investigação relacionada a uma suposta conspiração do ex-presidente e seus aliados para impedir a posse de Lula até meados deste ano. Em março, a PF indiciou Bolsonaro, Mauro Cid, o deputado Gutemberg Reis e outras 14 pessoas em um caso de falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19, levantando suspeitas de crimes como inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa. Essa fraude poderia estar vinculada a uma tentativa de golpe de Estado para evitar a posse de Lula.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo