Equador recebe apoio latino-americano após declarar estado de conflito armado interno devido a ataques do crime organizado

O Equador vive uma situação crítica de segurança diante dos ataques do narcotráfico em várias cidades do país. Hospitais, uma emissora de TV pública e duas universidades foram alvos de criminosos, levando o presidente equatoriano, Daniel Noboa, a declarar estado de conflito armado interno. Em resposta a essa grave crise, países vizinhos emitiram uma carta conjunta de apoio político e se ofereceram para ajudar militar, policial e de inteligência.

Após a declaração de conflito interno, as Forças Armadas do Equador prenderam 329 pessoas em todo o território nacional e 12 pessoas morreram. Além disso, cerca de 140 guardas carcerários foram sequestrados por detentos. O presidente Noboa endureceu o discurso, afirmando que juízes, promotores, membros da Polícia Nacional e das Forças Armadas que apoiarem os criminosos serão considerados parte do terrorismo.

A resposta dos países vizinhos não demorou a chegar, com o Chile liderando a articulação para manifestar apoio ao Equador. Além disso, Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos prometeram apoio contra as gangues criminosas. A Colômbia e o Peru reforçaram suas fronteiras com o Equador, enquanto o Brasil colocou a Polícia Federal à disposição do país vizinho.

A crise no Equador se agravou com a fuga de Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, chefe da principal organização criminosa do país, a gangue Los Choneros. Como resultado, a população equatoriana vive com medo e em estado de alerta, com comércio limitado, aulas on-line e ruas vazias.

O presidente boliviano, Luis Arce, manifestou a “predisposição de apoio” para que o Equador volte à normalidade e reforçou a ideia de criar uma aliança latino-americana de combate ao crime organizado. O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, condenou os ataques de grupos armados no Equador e se mostrou empenhado em cooperar com parceiros para que os criminosos sejam levados perante a Justiça.

Em meio ao clima de insegurança, os equatorianos tentam seguir com suas rotinas da melhor forma possível, mas o medo é onipresente. Ruas e transportes públicos vazios, comércio fechando as portas mais cedo e serviços de emergência limitados nos hospitais são reflexos desse contexto de violência e instabilidade. As autoridades do Equador prometem uma resposta firme e insistem que o país está “lutando pela paz” contra as organizações criminosas. Este é um momento crucial para o Equador, e a colaboração entre países vizinhos será essencial para superar essa crise.

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