O passaporte de Bolsonaro foi apreendido por determinação de Moraes, em meio a uma investigação sobre possíveis investidas antidemocráticas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em março, o ministro negou a devolução do passaporte, afirmando que a retenção continuava sendo “necessária e adequada”, seguindo o parecer da Procuradoria-Geral da República que também foi contra a restituição do documento.
Essa será a segunda solicitação de autorização de viagem de Bolsonaro a Israel, com o intuito de visitar a região do conflito entre Israel e Hamas. O ex-presidente recebeu um convite direto do primeiro-ministro Netanyahu para a visita, o que motivou seu desejo de viajar ao país.
Após a conclusão de que Bolsonaro não buscava asilo na embaixada húngara e nem tentou fugir do Brasil, Moraes arquivou a ação. A Polícia Federal investigou se a estadia do ex-presidente na embaixada configurava uma tentativa de fuga, mas a Procuradoria-Geral da República afirmou que não havia violação às medidas cautelares impostas pela Corte.
Dessa forma, Bolsonaro busca o restabelecimento de seu passaporte para realizar a viagem a Israel e se reunir com Netanyahu, em um momento delicado de conflito na região. A defesa do ex-presidente argumenta que não há risco de fuga e espera obter a autorização necessária para a viagem.