Em biografia, Renato Aragão fala sobre Zacarias e Mussum

Nem só de alegrias é feita a biografia “Renato Aragão: do Ceará para o coração do Brasil”, escrita pelo jornalista Rodrigo Fonseca e lançada há poucos dias. As mortes dos parceiros de trapalhadas Zacarias e Mussum são relatadas com emoção pelo eterno Didi, informa o Extra.

Mauro Gonçalves, o Zacarias, morreu em 1990 Foto: Reprodução do livro

O mineiro Mauro Gonçalves se foi primeiro, em março de 1990. “Eu era o confidente dele. De nós quatro, ele era mais apegado a mim. Era um sujeito muito doce, acima do bem e do mal. Sinto muita saudade, pois ele era aquela criança grande que fazia em cena”, confessa.

Foi Renato quem sugeriu ao colega o uso da peruca na caracterização. “Mauro era careca: com a peruca, era mais fácil se parecer com um menininho que não quer crescer”, lembra o cearense. “Quando ele se foi, a gente pensou até em parar, não apenas pela dificuldade, mas pela ausência que deixou. A TV Globo veio nos consultar para ver se considerávamos a hipótese de botar outra pessoa no lugar dele, mas dissemos que não. Zacarias é insubstituível. Preferimos ficar só nós três, Dedé, eu e Mussum”.

O humorista ainda seria visto no filme “Uma escola atrapalhada”, lançado em junho de 1990, três meses depois de sua morte, causada por insuficiência respiratória.

Com o trio remanescente, o programa “Os trapalhões” ficou no ar até 26 de dezembro de 1993. No ano seguinte, Renato passaria por outra perda traumática. No dia 29 de julho, morria Antonio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, em decorrência de problemas cardíacos. Para o eterno Didi, além de um amigo insubstituível, Mussum era um parceiro valoroso, que ajudava a extrair graça de situações banais. “Eu não assisto mais aos filmes antigos que ele e Zacarias estão porque me dão muita tristeza, muita saudade deles”, comenta Renato.

10/12/2017

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