O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 4,862, representando uma forte queda de R$ 0,046 (-0,93%). Essa foi a terceira queda consecutiva da moeda norte-americana, porém, as quedas anteriores haviam sido de menor intensidade. Além disso, a cotação atingiu o menor valor desde 18 de setembro, quando havia fechado em R$ 4,85, acumulando uma queda de 3,55% apenas no mês de novembro e de 7,92% ao longo de 2023.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 123.166 pontos, registrando uma alta expressiva de 2,29%, atingindo seu maior patamar desde agosto de 2021. Esse desempenho foi impulsionado pela percepção de que o ciclo de aumento das taxas de juros nos Estados Unidos está próximo do fim.
A divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos desacelerou em outubro e ficou abaixo das expectativas foi o principal catalisador para a queda do dólar e o avanço da bolsa. O Departamento de Trabalho dos EUA informou que a inflação ao consumidor no país alcançou zero no último mês e 3,2% nos 12 meses terminados em outubro. Esses números representam uma desaceleração em relação aos 0,4% de aumento e 3,7% acumulado nos 12 meses até setembro.
Essa desaceleração da inflação diminui as pressões para que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) eleve as taxas de juros nos EUA, atualmente entre 5,25% e 5,5% ao ano. Juros mais baixos em economias desenvolvidas incentivam a migração de capitais para economias emergentes, como o Brasil, impactando na queda do dólar e na valorização da bolsa.
A expectativa é de que esse cenário positivo nos mercados financeiros globais se mantenha, com os investidores atentos às movimentações do Fed em relação à política monetária nos próximos meses. A desaceleração da inflação nos Estados Unidos representa uma boa notícia para os mercados emergentes, incluindo o Brasil, que podem se beneficiar com a migração de investimentos internacionais devido à política de juros mais baixos nos países desenvolvidos.
