Esse desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelas exportações de petróleo e pela safra recorde de algodão, soja e café. Com isso, a balança comercial acumula um superávit de US$ 11,942 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, o maior resultado para o período desde o início da série histórica em 1989, representando um aumento de 145,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.
No último mês, as exportações cresceram 16,3% em relação a fevereiro de 2023, atingindo o valor de US$ 23,538 bilhões, representando o maior volume exportado para meses de fevereiro na história do país. Já as importações ficaram relativamente estáveis, totalizando US$ 17,67 bilhões, um aumento de 2,4%.
Os setores que mais se destacaram nas exportações foram o agropecuário, com a safra recorde de grãos e algodão, e a indústria extrativa, com o aumento nas exportações de minérios e petróleo. Mesmo com a queda nos preços internacionais de algumas commodities, as exportações de petróleo bruto subiram expressivos 119,7%.
Apesar da desvalorização nas commodities, o governo projeta um superávit de US$ 94,4 bilhões para este ano, com queda de 4,5% em relação a 2023. As exportações devem subir 2,5%, atingindo US$ 348,2 bilhões, enquanto as importações devem crescer 5,4%, totalizando US$ 253,8 bilhões.
Esses números refletem uma perspectiva otimista para a balança comercial brasileira, que deve ser impulsionada pela recuperação da economia e por preços internacionais mais estáveis. A próxima projeção será divulgada em abril, e as expectativas do governo se mostram um pouco mais positivas do que as do mercado financeiro, que projeta um superávit de US$ 80,98 bilhões para este ano.
