ECONOMIA – Comércio varejista apresenta estabilidade em novembro, com variação de 0,1% em relação a outubro, segundo IBGE

Segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (17), as vendas no comércio varejista no Brasil variaram 0,1% em novembro do ano passado. Pelo segundo mês consecutivo, o indicador mostrou estabilidade em relação ao mês anterior, pois em outubro a variação havia sido de -0,3%. O acumulado do ano chegou a 1,7% e o dos últimos 12 meses a 1,5%.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o comércio teve trajetória de crescimento em 2023, mas não apresentou avanços significativos mês a mês. Ele destacou que o setor apresentou volatilidade muito baixa, com resultados muito próximos de zero na maioria dos meses do ano. O mês de janeiro foi a exceção, já que nos demais meses ou houve estabilidade ou taxas muito baixas.

Das oito atividades pesquisadas, seis tiveram resultados positivos em novembro. As principais altas foram registradas nas áreas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,6%), móveis e eletrodomésticos (4,5%) e tecidos, vestuário e calçados (3%). Santos apontou a Black Friday como um dos fatores que explicam o resultado, destacando que a data ajudou a garantir a estabilidade das vendas, influenciando principalmente quatro atividades: tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e outros artigos de uso pessoal e domésticos.

Ele explicou que a atividade que mais cresceu foi a de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, avançando 18,6%, seguida por móveis e eletrodomésticos, com 4,5%. Além da Black Friday, Santos apontou a depreciação do dólar como um fator que contribuiu para o desempenho dos produtos de informática, já que a moeda norte-americana recuou 2,5% em novembro.

Em relação às atividades que tiveram resultados negativos, Santos destacou que a influência de hipermercados e supermercados é significativa, representando 50% no indicador geral. Embora o resultado no ano seja positivo (3,5%), nos últimos dois meses o setor não teve crescimento, indicando que o aumento no rendimento real e na ocupação pode estar direcionando o dinheiro das pessoas para o pagamento de dívidas, evitando o consumo.

As únicas atividades em queda foram livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,6%). Santos ressaltou que a atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve um ano forte, com apenas duas quedas no ano, acumulando alta de 4,3%. Os itens de perfumaria foram os principais responsáveis pela queda de janeiro e novembro.

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