No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a arrecadação totalizou R$ 467,158 bilhões, um aumento de 8,82% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A tributação do estoque de rendimentos de fundos exclusivos, instituída pela lei que taxou os super-ricos, contribuiu com R$ 4 bilhões em fevereiro e um total de R$ 8,1 bilhões nos primeiros dois meses do ano.
A recuperação econômica do país foi um dos fatores que impulsionaram a arrecadação, com destaque para o desempenho do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que arrecadaram R$ 39 bilhões em fevereiro. A reoneração dos combustíveis e o crescimento das vendas de bens e serviços foram responsáveis pelo aumento na arrecadação desses tributos.
Além disso, a recuperação do mercado de trabalho também contribuiu para o recorde na arrecadação, com a Previdência Social registrando uma receita de R$ 50,3 bilhões em fevereiro, representando um crescimento de 4,74% acima da inflação. Contudo, as desonerações tributárias ainda representam um desafio para o governo, com uma renúncia fiscal de R$ 10,184 bilhões no último mês, principalmente devido à desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados e outras fontes de benefícios fiscais.
Em suma, a arrecadação recorde em fevereiro reflete a retomada da economia brasileira e as medidas adotadas para aumentar a tributação dos mais ricos, contribuindo para fortalecer os cofres federais e manter a estabilidade econômica do país.