ECONOMIA – “Aquecimento das economias dos EUA e Brasil provoca tensões: dólar se aproxima de R$ 5 e bolsa tem queda de quase 1%”

A divulgação de dados econômicos sobre o aquecimento das economias norte-americana e brasileira gerou tensões significativas no mercado financeiro. O dólar, que já vinha em uma trajetória de alta, se aproximou da marca dos R$ 5 e fechou no maior nível do ano, impactando diretamente no desempenho da bolsa de valores.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,997, com um avanço de 0,22%. Ao longo da sexta-feira, a cotação fluctuou bastante, alternando entre momentos de alta e estabilidade, mas encerrou de forma consistente em elevação. No auge do dia, por volta das 10h30, o dólar chegou a atingir a marca dos R$ 5. Essa tendência de alta na moeda norte-americana resultou em um ganho de 0,34% na semana e um acumulado de 0,5% no mês de março, totalizando um aumento de 2,97% apenas neste ano.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o pregão aos 126.742 pontos, registrando uma queda de 0,74%. A pressão negativa foi especialmente sentida nas ações de empresas mineradoras, que foram afetadas pela redução dos preços internacionais do minério de ferro, e em empresas ligadas ao consumo. O resultado semanal foi de uma perda de 0,26%.

Tanto fatores internos quanto externos influenciaram esse cenário de instabilidade no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, dados mostram que a inflação ao produtor ficou acima do esperado e as vendas no varejo aceleraram em fevereiro. Esse aquecimento da economia norte-americana reduz as chances do Fed, Banco Central dos EUA, de iniciar a redução dos juros em breve, o que poderia levar à fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

No cenário nacional, a divulgação de que a geração de empregos dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior e de que o setor de serviços expandiu além das projeções iniciais tiveram um impacto positivo na contensão do dólar, mas afetaram o desempenho da bolsa de valores. Esse possível aquecimento econômico brasileiro aumenta a possibilidade de o Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central, interromper o corte da Taxa Selic após a reunião prevista para maio.

Esses movimentos no mercado financeiro refletem a complexidade e a sensibilidade do momento econômico global, com desdobramentos que podem impactar diretamente a vida de milhões de pessoas.

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