ECONOMIA – ANP arrecada R$421,7 milhões em leilão de setores exploratórios de petróleo e Petrobras é uma das maiores vencedoras

ANP arrecada R$ 421,7 milhões em leilão de setores com blocos exploratórios de petróleo

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) arrecadou um total de R$ 421,7 milhões nesta quarta-feira (13) com o leilão de 33 setores com blocos exploratórios de petróleo. As áreas estão localizadas nas bacias sedimentares de Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Pelotas, Potiguar, Recôncavo, Santos, Sergipe-Alagoas e Tucano. O valor arrecadado representa um ágio de 179,69% em relação ao valor mínimo exigido pelas áreas exploratórias.

A Petrobras foi uma das grandes vencedoras do leilão, tendo arrematado 29 blocos, todos na Bacia de Pelotas, na Região Sul. No total, foram arrematados 192 blocos, correspondendo a uma área de 47,1 mil quilômetros quadrados. O valor total dos investimentos comprometidos na fase de exploração chega a R$ 2,01 bilhões. As áreas ofertadas pela ANP fazem parte do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC), realizado no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro.

Além da Petrobras, a Chevron Brasil também foi uma das empresas que arrematou áreas na Bacia de Pelotas, com um total de 15 blocos. Ainda, houve a surpresa da participação da Elysian, uma empresa criada em agosto deste ano com o objetivo específico de participar do leilão. A empresa pertence ao empresário Ernani Machado, que arrematou mais de 100 blocos nas bacias de Potigar, Espírito Santo e Sergipe-Alagoas.

O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, defendeu a realização do certame em um momento em que o mundo busca uma transição energética voltada para fontes de energia sustentáveis. Segundo Saboia, “A dependência que o Brasil e o mundo têm do petróleo e do gás não será eliminada em cinco ou dez anos. Se deixarmos de realizar eventos como este, o que teremos na próxima década não será o fim do uso do petróleo no Brasil, mas o retorno à dependência externa de outros países produtores”.

Apesar dos benefícios econômicos advindos da exploração do petróleo, o leilão desta quarta-feira enfrentou oposição de instituições da sociedade civil ligadas a questões ambientais. O Instituto Arayara divulgou um relatório que apontava que os blocos ofertados pela ANP ameaçavam territórios quilombolas, indígenas e unidades de conservação. No entanto, as licitações fazem parte da oferta permanente, uma modalidade de leilão de blocos de exploração de petróleo e gás natural que oferece uma oferta contínua de áreas exploratórias, sem a necessidade de esperar uma rodada de licitações tradicional.

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