Essa redução na DPF vai de encontro ao Plano Anual de Financiamento (PAF) apresentado no fim de janeiro, que prevê um cenário onde o estoque da dívida deveria encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões. Portanto, a atual situação da DPF está abaixo do esperado e pode apresentar desafios para o governo no futuro.
O mês de janeiro também foi marcado por uma queda de 1,48% na Dívida Pública Mobiliária (DPMFi), que passou de R$ 6,269 trilhões para R$ 6,176 trilhões. O Tesouro emitiu R$ 147,3 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis prefixados, o que impactou diretamente no volume total da dívida.
Além disso, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) apresentou um aumento de 8,89%, passando de R$ 251,46 bilhões para R$ 273,83 bilhões em janeiro. Esse crescimento foi impulsionado pela emissão de US$ 4,5 bilhões no exterior e pela valorização do dólar em relação ao real.
No que diz respeito ao colchão da dívida pública, o mesmo também sofreu uma queda, passando de R$ 982 bilhões em dezembro para R$ 813 bilhões em janeiro. Atualmente, o colchão cobre 7,1 meses de vencimentos da dívida pública, o que demanda uma atenção cuidadosa por parte do governo para manter a estabilidade financeira.
Com todos esses dados, é possível perceber que a situação da Dívida Pública Federal apresenta desafios e requer uma gestão cuidadosa por parte das autoridades econômicas. A composição da dívida, o prazo médio e os detentores dos títulos são elementos que devem ser monitorados de perto para garantir a sustentabilidade das finanças públicas.