Três anos separam o último trabalho musical lançado por Padre Marcelo Rossi, “Tempo de Deus”, do novo, “Imaculada”, que chega hoje às lojas de todo Brasil. O período foi marcado pela revelação de uma depressão, problemas com remédios, causados por automedicação, e preocupações com o peso. Ele escreveu livros e se preparava para lançar mais um quando decidiu gravar o novo DVD.
— Quando vi o meu último DVD, eu disse: “esse não sou eu”. Era uma pessoa que se automedicava, estava quase no auge da depressão e fazia as coisas desanimado. Era um zumbi, um morto-vivo — lembra Padre Marcelo.
Em seu ofício, ele ajudou várias pessoas a se livrarem da depressão, mas não acreditava que era uma doença e, sim, “frescura”. Até enfrentá-la, revela o Extra.
— Imagina comer uma cebola, um chocolate e tudo ter o mesmo gosto, sem sabor nenhum. Agora imagine isso um dia, três, vinte… E foi durando. Eu perdi o prazer — lamenta, fazendo um alerta: — A fé foi fundamental, mas não é a falta dela que faz a pessoa cair na depressão. Porque isso é uma doença. A fé ajuda a se libertar.
Padre Marcelo acredita que se deprimiu quando se acomodou.
— Sabe aquela pessoa que se aposentou? Não tem que se aposentar para Jesus. Eu achei que minha missão estava cumprida ao receber do Papa Bento XVI o título de evangelizador moderno. Mas não! Enquanto estiver alguém morrendo, matando, eu não posso me calar. Agora é o meu recomeço.
Gravado em agosto, no Santuário Mãe de Deus, em São Paulo, o novo trabalho é um instrumento para levar uma mensagem de esperança às pessoas:
— É algo como “estou livre. Ei, você que está com depressão, existe uma vitória. Você pode vencer também”.
Acostumado a atingir a liderança de vendas de discos com trabalhos anteriores, Padre Marcelo não tem esse objetivo com seu sétimo DVD.
— Acabou essa história. Estou invadindo a Internet. Vamos invadir essa praia — diz, aos risos: — Mais do que nunca eu assumi as redes sociais. Estou expondo para ensinar as pessoas a fazerem oração.
12/10/2017
