Com uma agenda esvaziada para o dia, os investidores estão ajustando suas posições após a decisão do Banco Central da China de manter as taxas de juros e estão atentos às especulações sobre um possível corte de juros nos Estados Unidos, o que causou um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano e valorização do dólar em relação a moedas fortes e emergentes na última sexta-feira. No entanto, o ajuste perdeu força com a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro nesta manhã.
A nove dias da próxima decisão do Federal Reserve (Fed), o mercado está precificando a manutenção das taxas de juros entre 5,25% e 5,50% em janeiro em 97,4%, enquanto as chances de não haver mudança também em março estão em 56,5%. A maior possibilidade de corte aparece a partir de maio.
Além disso, os investidores estão aguardando as decisões dos bancos centrais nos próximos dias, incluindo o Banco do Japão, o Banco do Canadá e o Banco Central Europeu, antes dos anúncios do Federal Reserve e do Banco da Inglaterra na próxima semana.
No mercado local, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará do programa Roda Viva, da TV Cultura, às 22 horas, e o presidente Lula sancionará o Orçamento de 2024 às 16 horas. Segundo informações obtidas pelo sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente Lula deve vetar cerca de R$ 5 bilhões do total de R$ 16,6 bilhões destinados às emendas de comissão na aprovação da LOA.
As discussões em torno da MP da reoneração da folha de pagamentos também estão no radar. Caso a MP seja revogada, a equipe econômica terá que incorporar ao Orçamento de 2024 toda a renúncia fiscal gerada pela desoneração, estimada em cerca de R$ 20 bilhões, de acordo com especialistas consultados pelo sistema de notícias em tempo real.
No boletim Focus divulgado pelo Banco Central, as estimativas do mercado para o IPCA de 2024 oscilaram de 3,87% para 3,86%, enquanto para 2025 e 2026 se mantiveram em 3,50%. As projeções para a taxa Selic no encerramento de 2024 continuam em 9,00% a.a., e para o fim de 2025 e 2026, em 8,50% a.a.
Às 9h35, o dólar à vista subia 0,26%, a R$ 4,9395, enquanto o dólar futuro para fevereiro ganhava 0,11%, a R$ 4,9440. O mercado segue atento aos desdobramentos políticos e econômicos que podem influenciar os movimentos cambiais nas próximas semanas.