DJ Fatboy Slim volta ao Brasil após anos longe: “É como voltar para casa”

O renomado DJ britânico Norman Cook, mais conhecido pelo nome artístico Fatboy Slim, é um verdadeiro apaixonado pelo Brasil. Com diversas passagens pelo país ao longo de sua carreira, Norman já perdeu as contas de quantas vezes montou suas famosas mesas de som em terras brasileiras. Seu interesse pela cultura e pelas festas brasileiras é tanto que ele chegou a lançar um álbum dedicado ao país, intitulado “Bem Brasil”, em 2014.

No entanto, por conta da pandemia, o artista não pisa em terras brasileiras desde 2019, o que torna seu retorno ainda mais especial. Em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, o DJ demonstrou entusiasmo em retornar ao país, afirmando que se sente como se estivesse voltando para casa. Ele está previsto para se apresentar em São Paulo, na Warehouse, no Vale do Anhangabaú, na sexta-feira, e depois seguirá para o Rio de Janeiro, onde participará do festival Brunch Electronik, que ocorre no Sítio das Pedras.

Aos 60 anos, Norman Cook adota uma visão estratégica em relação às noitadas que o tornaram famoso mundialmente, planejando cuidadosamente suas viagens e mantendo-se longe do álcool. Sóbrio há 15 anos, o DJ afirma que essa mudança é fundamental para o sucesso duradouro de sua carreira. Ele também criticou a presença da cultura do VIP e da vodca cara, que, segundo ele, tiraram parte da magia das festas.

Quanto à sua produção musical, Norman Cook revelou que já não sente a mesma paixão de outrora pelas composições, mas ainda se diverte como DJ e performer. Ele até mesmo considerou buscar ajuda terapêutica para tentar ressuscitar o desejo de produzir novas músicas, mas acabou chegando à conclusão de que seu verdadeiro amor está em tocar e animar plateias ao redor do mundo.

Sobre a situação da música eletrônica nos dias atuais, o artista não se preocupa muito com as constantes mudanças nos charts e nas tendências musicais, preferindo concentrar-se em satisfazer as audiências em suas performances. Ele também mencionou o interesse em nomes como Fred Again, que estão trazendo novas abordagens para a cena musical.

Apesar de não estar mais tão presente nos charts, Fatboy Slim acredita que a música eletrônica ainda tem muito a oferecer e que as festas continuam sendo uma forma de celebração e conexão social. Ele ressaltou que, após a pandemia, a conexão com o público ficou ainda mais forte, e que as pessoas estão percebendo a importância de estarem em comunidade e conectadas.

Além disso, Norman Cook falou sobre sua relação com o álcool e como a sobriedade o ajudou a manter-se saudável e a se sentir preenchido com uma nova energia. Ele também abordou a questão do sexismo na indústria da música eletrônica, revelando que as mulheres DJs enfrentam desafios adicionais em comparação aos homens, mas que a situação vem melhorando nos últimos anos.

Por fim, o DJ destacou a importância de estabelecer limites para equilibrar sua carreira com sua vida pessoal, especialmente como pai. Sua programação inclui sempre retornar para casa após um período trabalhando para passar um tempo de qualidade com seus filhos, mantendo um equilíbrio saudável entre sua vida profissional e familiar. Ainda, ele afirmou que, embora não haja muitas pessoas de sua faixa etária em suas plateias, ele não se importa, já que se sente realizado em manter-se ativo e em conectar-se com seu público.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo