Em segundo lugar na lista, o estado do Rio de Janeiro registrou 508 denúncias, seguido por Minas Gerais, com 367, e Bahia, com 236 casos notificados. O Ministério destacou que os casos de negligência foram os que mais marcaram o período, sendo a violência mais relatada em relação aos menores de idade. O Disque 100 recebeu um total de 3.654 denúncias relacionadas a essa situação, representando um aumento de mais de 54% em comparação com o Carnaval de 2023.
Além disso, as denúncias de maus-tratos também apresentaram um aumento significativo em comparação com o ano anterior. Em 2023, foram registrados 2.003 casos, enquanto neste ano o total subiu para 2.374. Da mesma forma, os casos em que a saúde das crianças e adolescentes foi colocada em risco tiveram um aumento de 13% nas notificações feitas à central do ministério.
De acordo com as estatísticas, as principais vítimas das violações durante o Carnaval foram crianças de 7, 10 e 5 anos de idade. Assim como ocorre com a violência contra mulheres, foi observada uma relação entre o autor da agressão, a vítima e o local onde a violência foi praticada. Durante o Carnaval, 15,4 mil violações ocorreram na residência do suspeito ou da suspeita, enquanto 6,3 mil violações ocorreram na casa da vítima.
Os números revelam a urgência de medidas para proteger e garantir a segurança das crianças e adolescentes durante eventos de grande aglomeração, como o Carnaval. O aumento nas denúncias e a gravidade dos casos apontam para a necessidade de um maior investimento em políticas e ações voltadas para a prevenção e combate à violência contra menores. A proteção dos direitos das crianças e adolescentes deve ser prioridade máxima, e a sociedade como um todo precisa se mobilizar para enfrentar esse grave problema.