DIREITOS HUMANOS – No Brasil, pai de Assange persiste em luta pela libertação do ativista, buscando apoio e conscientização sobre o caso.

O pai do ativista Julian Assange, John Shipton, está no Brasil em uma campanha pela liberdade do seu filho. Ele veio ao país para divulgar o documentário “Ithaka – A Luta de Assange”, que retrata o trabalho de Shipton na tentativa de libertar seu filho, que está preso na Inglaterra desde 2019.

Na última sexta-feira (25), Shipton esteve no Rio de Janeiro para um ato-entrevista na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e também passou por Brasília. Nesta segunda-feira (28), ele dará uma entrevista no Cine Petra Belas Artes, às 14h, e à noite haverá uma sessão de debate com a exibição do documentário. No dia 31 de agosto, ele estará em Recife.

Durante o ato-entrevista na ABI, Shipton destacou que o principal desafio para que seu filho seja solto é convencer os Estados Unidos a respeitar a Primeira Emenda da própria Constituição, que trata da liberdade de expressão e imprensa. Ele também ressaltou a importância do apoio dos jornalistas para que o público compreenda melhor o caso. “Sem esse apoio, todos nós ficamos perdidos em ignorância”, afirmou Shipton.

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, foi preso na Inglaterra em 2019 após passar sete anos asilado na Embaixada do Equador. Atualmente, ele está em um presídio de segurança máxima. O ativista é acusado pela Justiça norte-americana de 18 crimes, incluindo espionagem, devido à publicação de mais de 700 mil documentos secretos relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão, em 2010. Caso seja considerado culpado, Assange pode enfrentar uma sentença de até 175 anos de prisão.

Durante sua visita ao Brasil, Shipton agradeceu ao governo brasileiro pelo apoio dado a Assange. Em maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma visita a Londres, afirmou que a manutenção da prisão do jornalista é “uma vergonha”.

A campanha pela liberdade de Julian Assange ganha cada vez mais visibilidade internacionalmente, e a vinda de seu pai ao Brasil para divulgar o documentário é parte dessa mobilização. A esperança de Shipton é que as autoridades se sensibilizem e libertem seu filho, garantindo a proteção dos valores fundamentais da liberdade de expressão e imprensa.

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