No entanto, a desigualdade de renda entre mulheres e homens persiste em diversos aspectos. Segundo o levantamento do IBGE realizado em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, as mulheres ganham em média 78,9% do que os homens recebem. Além disso, a desigualdade aumenta com a idade, chegando a 65,9% para mulheres com 60 anos ou mais.
No mercado de trabalho, as disparidades também são evidentes. Mulheres ocupadas na faixa etária de 25 a 54 anos representam 63,3%, enquanto entre os homens da mesma faixa etária a taxa de ocupação é de 84,5%. Além disso, as mulheres enfrentam maior informalidade, com uma taxa de 39,6%, em comparação com os homens, que têm 37,3% de trabalhos informais.
A sobrecarga de trabalho doméstico também é um fator que impacta a participação das mulheres no mercado de trabalho. Em média, as mulheres dedicam 21,3 horas por semana a afazeres domésticos ou cuidado de pessoas, enquanto os homens dedicam apenas 11,7 horas. A pesquisadora Bárbara Cobo ressalta que essa diferença tem se mantido ao longo dos anos, com as mulheres ainda realizando cerca do dobro de horas de trabalho doméstico não remunerado em comparação com os homens.
A história de Antônia, uma mulher que passou por diversas dificuldades para sustentar sua família ao longo dos anos, reflete a realidade de muitas mulheres que precisam conciliar empregos remunerados com o trabalho doméstico. A trajetória de superação de Antônia, que conseguiu comprar sua própria casa e ver suas filhas encaminhadas na vida, é um exemplo da força e determinação das mulheres brasileiras que lutam diariamente para garantir a sobrevivência e o bem-estar de suas famílias.