DIREITOS HUMANOS – Ministro dos Direitos Humanos critica ação da Brigada Militar em Porto Alegre e aponta racismo institucionalizado no país

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, utilizou as redes sociais para criticar a atuação da Brigada Militar de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O motivo da crítica foi o tratamento dispensado a um motoboy negro que foi vítima de uma tentativa de homicídio por parte de um homem branco. Segundo o ministro, o caso demonstra a presença do racismo institucionalizado no país, o que perverte as instituições e seus agentes.

Em suas postagens, o ministro ressaltou que é fundamental que as instituições analisem de forma crítica o seu modo de funcionamento e adotem medidas consistentes e constantes de combate ao racismo. Além disso, Silvio Almeida informou que tanto a sua pasta quanto a comandada por Anielle Franco, da Igualdade Racial, vão entrar em contato com as autoridades locais para acompanhar o caso e ajudar na construção de políticas de maior alcance.

A ministra Anielle Franco também se pronunciou sobre o caso, destacando a indignação diante das imagens da abordagem policial no Rio Grande do Sul. Ela afirmou que as imagens causaram revolta pelos indícios de racismo institucional. Diante do incidente, o Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul convocou uma manifestação pacífica para a tarde de hoje, reafirmando o pedido pela igualdade de todos os cidadãos.

A repercussão do caso nas redes sociais resultou na recuperação de um meme que relaciona a cor da pele da pessoa abordada pela polícia com o tratamento dispensado pelos agentes da corporação. Esse meme já se tornou uma referência no contexto de denúncias de arbitrariedades praticadas contra pessoas racializadas. Além disso, uma pesquisa realizada em 2023 pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) apontou que nove em cada dez brasileiros identificam as pessoas pretas como as que mais sofrem racismo no país.

Essa pesquisa também revelou que 88% dos entrevistados concordam que essa parcela da população é mais criminalizada do que os brancos. Diante desse cenário, é evidente a urgência na adoção de medidas para combater o racismo institucional e promover a igualdade de direitos para todos os cidadãos.

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