O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do MPSP, irá coletar os prontuários médicos e identificar os socorristas envolvidos para esclarecer como esses transportes de corpos estão sendo realizados. Além disso, o Gaesp oficializou a Secretaria de Saúde de Santos para verificar se uma sindicância interna foi aberta para investigar o caso.
Em fevereiro, um documento assinado por diversas instituições de defesa dos direitos humanos foi enviado à ONU e à CIDH, apontando para indícios de execuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais ocorridas no litoral de São Paulo durante operações policiais. A denúncia destaca a falta de preservação das cenas dos crimes e a repetição da versão policial em todas as ocorrências com morte, o que impossibilita a coleta de provas técnicas pela perícia.
As entidades signatárias do documento pediram providências urgentes, como garantir perícia e investigação independentes sobre as execuções e o uso obrigatório de câmeras corporais nas fardas dos agentes de segurança durante todas as operações policiais. O governador do estado, Tarcísio de Freitas, classificou as denúncias como uma “irresponsabilidade” e destacou a falta de evidências concretas sobre o caso em uma coletiva de imprensa realizada hoje.
A investigação em andamento pelo MPSP visa esclarecer os fatos e garantir que qualquer irregularidade seja devidamente investigada e punida, caso seja comprovada. A transparência e a correção nas operações policiais são essenciais para a garantia dos direitos humanos e da segurança da população, e o Ministério Público está atento para assegurar que esses princípios sejam respeitados.