Essas esculturas se juntarão às outras cinco que foram inauguradas nos últimos dois anos, homenageando o atleta Adhemar Ferreira da Silva, a escritora Carolina Maria de Jesus, a sambista Deolinda Madre (Madrinha Eunice), o baluarte do samba Geraldo Filme e o músico Itamar Assumpção.
A secretária municipal de Cultura, Aline Torres, destacou que a cidade possui 390 esculturas públicas, mas apenas cinco homenageam pessoas negras. Com a consulta pública, a intenção é ampliar esse reconhecimento e representatividade na arte pública da capital paulista.
A Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá, escolhida para receber uma das esculturas, foi uma líder religiosa e política que atuou em prol da preservação e valorização do candomblé. Já Elza Soares, conhecida pela sua voz rouca, é considerada um dos maiores nomes da música popular brasileira. Lélia Gonzalez foi uma influente intelectual e ativista nas áreas política e cultural. Por fim, Milton Santos foi um renomado geógrafo crítico do sistema capitalista e da globalização.
Já Chaguinhas, cujo nome inspirou o bairro da Liberdade, foi um cabo negro do Primeiro Batalhão de Santos durante o império português. Ele foi enforcado e sua execução deu origem ao nome do bairro, após a corda acabar arrebentando por duas vezes.
As esculturas dedicadas a essas personalidades terão seus locais de instalação divulgados em breve pela Secretaria Municipal de Cultura. Este movimento é um passo importante para a valorização da representatividade negra na capital paulista e para a celebração da diversidade cultural e histórica da cidade.
