As estatísticas apontam que a região Sudeste, a mais populosa do país, foi a mais afetada, com um total de 22.917 casos de estupro. Em seguida, a Região Sul registrou 14.812 ocorrências, seguida pelo Nordeste com 14.165 casos, o Norte com 8.060 e o Centro-Oeste com 7.672 episódios.
O Relatório Anual Socioeconômico da Mulher se baseia em dados provenientes de diversas fontes, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Saúde, IBGE e outros órgãos. A pesquisa revela que a violência contra as mulheres é uma triste realidade que persiste no país, com um total de 344.242 registros de violência sexual, doméstica e outras formas de violência, sendo sete em cada dez vítimas do sexo feminino.
Os dados também apontam que as mulheres negras são as mais vulneráveis a esses tipos de violência, representando 54,5% do grupo populacional brasileiro. Além disso, as estatísticas indicam que a violência doméstica é um problema grave, com 73% dos casos ocorrendo dentro das residências.
No que diz respeito à força de trabalho feminina, o relatório destaca que as mulheres, apesar de representarem quase metade da população economicamente ativa do país, ainda enfrentam desigualdades salariais em comparação com os homens. A Lei 14.611/2023, que estabelece a igualdade salarial entre homens e mulheres, vem sendo contestada por entidades como a CNI e a CNC.
Em meio a esses dados preocupantes, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a importância de buscar a igualdade de gênero como parte do processo civilizatório do país, destacando a necessidade de democracia, igualdade e justiça social para uma sociedade mais justa e equitativa.
