Durante o evento, que teve início no antigo prédio do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), local emblemático da repressão política na ditadura, e seguiu com uma caminhada até a Faculdade Nacional de Direito, diversos discursos ressaltaram a necessidade de preservar a história e alertar as futuras gerações sobre os horrores do passado. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que recuperar a memória é fundamental para fortalecer a consciência democrática e resistir a qualquer tentativa de retrocesso.
Além disso, o ato também foi uma forma de homenagear aqueles que lutaram contra a ditadura. Jandira destacou que a luta continua para que as respostas sejam dadas e que as famílias das vítimas possam ter um luto em paz. Outro ponto abordado durante o evento foi a denúncia da violência policial e do genocídio negro nas favelas, assim como a exigência da abertura de todos os arquivos da ditadura, especialmente os militares, para garantir acesso à verdade e justiça.
Rafael Maul, membro da diretoria colegiada do Grupo Tortura Nunca Mais, ressaltou a importância do ato para manter viva a memória da violência de Estado e das formas de resistência durante a ditadura. Segundo ele, é fundamental enfrentar a história de frente, relembrando que o antigo prédio do Dops foi uma prisão política da ditadura, onde muitas atrocidades foram cometidas. O evento foi marcado por discursos emocionados e pela união de diferentes segmentos da sociedade em prol da memória, verdade e justiça.