Desembargador aposentado critica investigação do CNJ por suposta incitação aos atos golpistas em título jornalístico de acordo com o texto fornecido.

Nesta quarta-feira, durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Sebastião Coelho da Silva, desembargador aposentado e representante de um dos réus, fez duras críticas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por abrir uma investigação contra ele. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, é o responsável por conduzir a apuração.

Segundo informações divulgadas no blog de Camila Bomfim no g1, Salomão determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra Coelho da Silva para investigar se ele incitou atos golpistas durante sua atuação como magistrado. O desembargador aposentado defendeu-se afirmando que está aposentado desde setembro do ano passado.

Coelho da Silva é o advogado do réu Aécio Lúcio Costa Pereira, acusado de participar dos atos de vandalismo contra prédios públicos no dia 8 de janeiro. Pereira, que foi funcionário da Sabesp, foi flagrado dentro do Congresso Nacional usando uma camiseta com a mensagem “intervenção militar já”. Além disso, ele postou um vídeo nas redes sociais onde afirmava que “Vai dar certo, não vamos desanimar”, enquanto estava sentado na mesa Diretora do Senado.

Durante o julgamento, a defesa de Pereira argumentou que ele estava participando de uma “manifestação pacífica” e que as depredações foram causadas por pessoas infiltradas, que não faziam parte do grupo acampado em frente ao Quartel-General do Exército. Segundo a defesa, a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi genérica e não individualizou a conduta do acusado.

No entanto, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico dos Santos, responsável pela denúncia, defendeu a acusação durante o julgamento. Ele afirmou que o Ministério Público não precisa especificar quem causou danos específicos, pois a responsabilidade recai sobre a multidão que agiu com as mesmas intenções.

O julgamento no STF envolve quatro réus acusados de participar dos atos golpistas e violentos ocorridos no dia 8 de janeiro. O tribunal deu início ao processo nesta quarta-feira.

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