A situação do tratamento oncológico em Alagoas
A situação do tratamento oncológico em Alagoas foi novamente abordada pelo deputado Alexandre Ayres (MDB) durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 23. O deputado ressaltou que 95% da população alagoana depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento do câncer. “Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil e o que temos observado é uma total ausência do poder público, seja por parte dos 102 municípios, seja por parte do Governo de Alagoas”, cobrou Ayres.
O parlamentar enfatizou a necessidade de discutir a habilitação dos centros de tratamento oncológico em Alagoas, destacando a importância dos hospitais filantrópicos que têm tratado pacientes oncológicos por décadas. Ayres observou que essas habilitações do Ministério da Saúde foram feitas em um momento em que Alagoas não possuía hospitais públicos, e ressaltou a estrutura hospitalar atual do estado, afirmando que ela pode e deve assumir a responsabilidade para facilitar o acesso dos pacientes oncológicos. O deputado também agradeceu aos colegas de plenário pela aprovação, por unanimidade, do projeto de lei nº 224/2023, de sua autoria, que cria a Política Estadual de Atenção a Oncologia Pediátrica.
Ayres afirmou que trará o assunto à discussão quantas vezes forem necessárias, priorizando o tratamento oncológico em Alagoas. Ele ressaltou a necessidade de atenção básica por parte dos municípios, bem como atenção de média e alta complexidade nos hospitais filantrópicos, que recebem recursos financeiros do Ministério da Saúde.
Plano Estadual de Oncologia
A presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputada Fátima Canuto (MDB), mostrou apoio ao pronunciamento de Ayres, informando que a Comissão já encaminhou recomendações à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e ao Gabinete Civil, incluindo a constituição imediata de uma comissão institucional para elaborar um Plano de Oncologia construído na lógica da abordagem integral.
Fátima Canuto destacou a importância da detecção precoce do câncer, especialmente nas crianças, e enfatizou que a Comissão de Saúde encaminhou a recomendação ao Estado, esperando um resultado eficaz em até 90 dias em relação ao Plano de Oncologia em Alagoas.
