A acusação contra Hunter Biden coloca uma pressão adicional sobre o presidente, que está em campanha para ser reeleito no próximo ano. Especialistas acreditam que, embora seja pouco provável que Biden tenha seu mandato encurtado devido a essas acusações, há riscos de que o processo possa impactar a corrida eleitoral.
O professor titular da Universidade de Georgetown, Erick Langer, analisa que muitos dos supostos crimes foram cometidos pelo filho de Biden antes de ele se tornar presidente, o que torna difícil que esses crimes sirvam de base para um impeachment.
Michael Shifter, professor adjunto da Universidade George Washington, concorda que os riscos de impeachment são mínimos e também ressalta que os republicanos podem “ir longe demais” e prejudicar sua própria candidatura, que deve ser liderada por Donald Trump, favorito na corrida pela nomeação republicana.
Quanto aos processos enfrentados por Trump, Langer destaca que as acusações contra Biden e Trump são diferentes. Trump foi acusado de crimes dentro do sistema judicial americano, enquanto o impeachment contra Biden não é um procedimento judicial formal e não há evidência de má conduta criminal.
Apesar das diferenças entre Biden e Trump, os analistas concordam que a pressão judicial sobre o filho pode deixar o presidente vulnerável, afetando sua capacidade de liderar a campanha.
No entanto, eles sugerem que a Casa Branca evite abordar o tema e esperem que a ameaça de impeachment desapareça naturalmente. Acredita-se que McCarthy esteja utilizando a investigação de impeachment como uma moeda de troca política para conseguir votos da ala radical do Partido Republicano.
Enquanto os comitês da Câmara continuam a busca por provas de corrupção contra o presidente, a justiça estará processando Hunter Biden. Os deputados analisarão se as descobertas fornecerão uma base sólida para prosseguir com o impeachment.
Assim, a situação continua em desenvolvimento e os próximos passos serão determinantes para as eleições de 2022.