A decisão da CVM de suspender o processo foi comunicada pela Cielo em um fato relevante divulgado na noite de ontem, 22. A empresa ressaltou que essa medida é comum em casos como esse, em que há questionamentos por parte dos acionistas sobre o valor proposto para encerrar o capital da empresa.
Recentemente, um grupo de gestoras que detêm cerca de 10% do capital da Cielo enviou uma carta ao conselho de administração pedindo a convocação da assembleia. Eles alegaram que, conforme os termos propostos, os acionistas minoritários deixariam de receber aproximadamente R$ 3,6 bilhões.
A principal razão da insatisfação desse grupo está relacionada ao valor proposto por Bradesco e BB para a compra das ações da Cielo. Enquanto a proposta das instituições financeiras colocava o valor por ação em R$ 5,35, as gestoras argumentaram que, pelas premissas deles, o valor correto seria de aproximadamente R$ 8,61 por ativo. Isso representaria um montante entre R$ 8,7 bilhões e R$ 9,5 bilhões, um valor significativamente maior do que o proposto inicialmente.
Essa situação evidencia a complexidade envolvida em processos de OPA e a importância da transparência e da comunicação eficaz com os acionistas. A Cielo terá agora a tarefa de lidar com essas divergências e buscar uma solução que atenda aos interesses de todas as partes envolvidas.