A disputa pelo território do Essequibo foi tema central da discussão, despertando o interesse de líderes latino-americanos, sendo que a minuta foi proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ressaltou a importância de um diálogo pacífico para a resolução do conflito. Segundo Lula, a América Latina deve ser um território de paz, e “alertam sobre ações unilaterais que devem ser evitadas, pois adicionam tensão, e instam ambas as partes ao diálogo e à busca de uma solução pacífica da controvérsia, a fim de evitar ações e iniciativas unilaterais que possam agravá-la.”
Durante o encontro, a expectativa era que os representantes dos países presentes se manifestassem sobre o tema, no entanto, nenhum comentário foi feito. O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou que o assessor-chefe para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, se reuniu com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, há 10 dias, mas não deu detalhes sobre o encontro.
Além disso, o chanceler confirmou que o presidente Lula e ele mesmo conversaram com o presidente da Guiana por telefone na terça-feira. No entanto, quando questionado sobre a possibilidade de um confronto armado entre Venezuela e Guiana, o diplomata se recusou a responder sobre uma intervenção militar brasileira na região.
A reunião ainda foi marcada pela ausência do país membro, Bolívia. No entanto, a expectativa é de que o Mercosul possa ser um parceiro do G20 em questões globais. O evento é de grande importância política e econômica para a região, uma vez que o Mercosul é o 8º importador do Brasil e recentemente firmou um acordo com Cingapura, o primeiro desde 2011.
A crise entre Venezuela e Guiana está no centro das discussões diplomáticas na América Latina e a busca por uma solução pacífica é o objetivo principal para evitar uma escalada do conflito na região.