Corpo da atriz Eva Todor é velado

O corpo da atriz Eva Todor foi velado na manhã desta segunda-feira (11) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ela morreu no domingo (10), em casa, em decorrência de uma pneumonia. Fãs, amigos e familiares foram prestar as últimas homenagens à atriz.

O velório foi aberto ao público até as 11h. Às 11h15, o caixão com o corpo da atriz foi retirado do Theatro e levado para o Memorial do Carmo, no Caju, onde será cremado. A cerimônia de cremação, restrita a familiares e amigos, está prevista para as 16h, atesta o G1.

Muito emocionada e chorando muito, a atriz Teresa Amayo destacou que o teatro está de luto. “Ela veio de fora, mas era a mais brasileira dos brasileiros. Era amada por todos, adorada. Tão adorada que não podemos deixar de chorar por ela. Espero que o público nunca esqueça dela”, disse Teresa.

A atriz Natalia Timberg disse que o momento só não é mais difícil porque Eva descansou. “Ela não poderia estar vivendo, porque quando ela deixou de atuar, deixou de viver. Ela deve estar atuando em outro plano. Nós temos um país meio desmemoriado. Mas eu acho que até isso ela vence. Porque a imagem da Eva, do sorriso, da força, da alegria, estão marcados em todos nós”, declarou.

A sobrinha Érika Doria lembrou que ela e Eva eram muito amigas, embora nem fossem parentes de sangue. Ela era na verdade sobrinha do marido de Eva.

“Ela era uma pessoa muito alegre, muito tranquila. Convivíamos muito, gostávamos de jogar biriba. E ficava impressionada como ela tinha uma identificação grande com o público e como era querida por ele. A arte era tudo para ela, basta dizer que era bailarina aos 4 anos. Era muito alegre. Viveu muito feliz. Agora a família está acabando. Ela se foi e só tenho mais uma tia que tem 100 anos”, contou.

A sobrinha da atriz fez questão de ressaltar ainda que a tia conservava a veia cômica que a consagrou. “Ela era uma pessoa muito alegre, muito especial”, destacou.

A atriz Susana Faini diz que foi uma honra ser amiga de Eva. Muito emocionada, chorou ao dizer que Eva vai deixar saudades.

O diretor teatral Fernando Bicudo lembrou que Eva era a frequentadora mais assídua do Theatro Municipal da classe artística. “Eva irradiava luz e alegria. Junto com Dercy Gonçalves e Zezé Macedo formava a Santíssima Trindade da comédia brasileira. Era a artista completa, mas sua vocação era a comédia”, disse Bicudo.

O colecionador e amigo de Eva, Marcelo Del Cima, detentor do acervo dos direitos de imagem da atriz, está construindo cento cultural na Glória, Zona Sul do Rio, em sua memória. O local, que deve ser inaugurado em 2018 vai guardar também o acervo da atriz Maria Della Costa.

“Eva era uma atriz muito querida. Quando saía com ela ficava impressionado com o carinho do público na rua. Era de um talento imenso. Entreter várias gerações desde os anos 30. Era uma amiga extraordinária, de muita sensibilidade”, disse Del Cima.

Com mais de 80 anos de carreira no teatro e na TV, Eva sofria de Mal de Parkinson, além de problemas cardíacos, e vivia reclusa em sua casa, na Zona Sul do Rio. Seu último trabalho na TV foi na novela “Salve Jorge”, de 2012.

Eva estava em internação domiciliar (home care) desde o dia 9 de setembro deste ano. Antes, a atriz havia sido internada na Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio. Ela era viúva e não tinha filhos.

11/12/2017

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