Usina Pindorama diversifica produção de etanol com sorgo
A Cooperativa Pindorama tem como principal filosofia buscar soluções e vertentes para ampliar a lucratividade da empresa, gerando mais dividendos para associados e colaboradores, resultando em um maior desenvolvimento para o estado e região. E foi pensando nisso que a primeira usina flex do Norte-Nordeste do Brasil, que produzia etanol de cana-de-açúcar e milho, diversificou a matéria-prima para incluir também o sorgo como mais uma opção.
O sorgo tem ganhado destaque no setor agropecuário e bioenergético por ser produtivo e de fácil adaptação a diversos ambientes. Além disso, é muito útil para vários fins, como silagem, rações animais, consumo humano e, agora, também na produção do etanol.
Com o sorgo como nova matéria-prima para o etanol, a Usina Pindorama visa reduzir a dependência do milho, que tem sofrido com oscilações de mercado devido a problemas climáticos, resultando em diminuição da margem de lucro da produção e prejuízos para a indústria.
Segundo o químico José Valdo da Silva, o sorgo é mais resistente a estiagens e inundações, tolerante ao calor e cresce facilmente em solos mais pobres em comparação ao milho. Além disso, é cultivado principalmente em solos semiáridos, o que o torna adequado para colheita dupla e sistemas de rotação de culturas.
De acordo com José Valdo, o sorgo, assim como o milho, pode ser usado como substrato para produção de etanol. E comparado ao milho, o sorgo possui maior concentração de amido e proteína, sendo aprovado como matéria-prima alternativa para produção de etanol.
A fase de teste da produção do etanol a partir do sorgo já foi iniciada pela Usina Pindorama e está em pleno funcionamento desde dezembro de 2023, viabilizando a produção do álcool de forma estratégica e importante para a região.
Segundo o presidente Klécio Santos, a diretoria da cooperativa já havia previsto a possibilidade de utilizar o sorgo como matéria-prima para o etanol, planejando alternativas diante de possíveis aumentos no preço do milho. O sorgo é cerca de 50% mais barato que o milho, tornando-se uma opção viável e estratégica para a Usina Pindorama.
