Conselho Eleitoral da Venezuela acusa EUA de tentar “desprestigiar” pleito presidencial marcado para 28 de julho, refutando “falsos questionamentos”

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela acusou nesta quinta-feira os Estados Unidos de interferir no processo eleitoral do país, tentando descredibilizar o pleito presidencial marcado para 28 de julho. Presidido por Elvis Amoroso, aliado do presidente Nicolás Maduro, o CNE rejeitou as críticas do Departamento de Estado americano em relação ao registro da candidatura da oposicionista Corina Yoris, que foi impedida de se inscrever devido a problemas no sistema do Conselho Eleitoral.

Em nota oficial, o CNE repudiou as acusações dos Estados Unidos e afirmou que o objetivo era manchar a reputação de uma das instituições mais sólidas da democracia venezuelana. A Chancelaria venezuelana também se posicionou de forma semelhante, acusando os EUA de não reconhecerem o processo eleitoral no país.

O Departamento de Estado americano, por sua vez, condenou o bloqueio de candidaturas da oposição às eleições presidenciais na Venezuela, considerando que a aceitação de apenas candidatos opositores escolhidos pelo regime de Maduro vai contra a realização de eleições competitivas e inclusivas.

A inscrição de Yoris, indicada por María Corina Machado após sua inabilitação política, acabou sendo bloqueada sem maiores explicações. A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal aliança de partidos de oposição, registrou provisoriamente Edmundo González Urrutia como candidato, enquanto o opositor Manuel Rosales também se inscreveu no último minuto, junto com seu partido Um Novo Tempo (UNT).

Ao todo, 13 candidatos se inscreveram para a eleição presidencial venezuelana, incluindo o atual presidente Maduro, um ex-funcionário eleitoral e nove líderes autointitulados como antichavistas, mas vistos pela oposição tradicional como colaboradores do governo. A controvérsia em torno do processo eleitoral na Venezuela continua sendo tema de debates e tensões internacionais.

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