Congresso Nacional confiante na derrubada do veto de Lula às “saidinhas” de presos, que deve ocorrer sem dificuldades.

Recentemente, integrantes do Congresso Nacional expressaram confiança na derrubada do veto parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que proíbe as saídas temporárias dos presos, conhecidas popularmente como “saidinhas”. A decisão de Lula permitiu que os presos tenham o direito de sair da prisão em datas comemorativas para visitar seus familiares, desde que estejam utilizando tornozeleiras eletrônicas.

A matéria foi aprovada no Legislativo com uma grande margem de votos. No Senado, houve 62 votos favoráveis, apenas dois contrários e uma abstenção. Na Câmara dos Deputados, a proposta passou em votação simbólica, com o apoio unânime de todos os partidos. O governo não orientou a bancada a votar contra nas duas Casas.

Membros do Centrão, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado federal Mendonça Filho (União-PE), estão confiantes na derrubada do veto. Em contrapartida, congressistas da oposição, como o senador Sérgio Moro (União-PR), criticaram veementemente a decisão de Lula e prometem trabalhar para revogá-la.

Para derrubar um veto presidencial, é necessário que a maioria absoluta de deputados federais e senadores vote a favor, totalizando 257 votos na Câmara e 41 no Senado. Caso contrário, o veto é mantido.

Segundo o jornal “O Estadão”, a recomendação para vetar parcialmente o projeto partiu do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, com o intuito de evitar possíveis conflitos com o Congresso. O governo receia uma possível reação de facções criminosas caso o benefício concedido desde 1984 seja revogado.

A legislação atual permite as saídas temporárias para os detentos que já cumpriram uma porcentagem mínima de suas penas e estipula um limite de cinco saídas por ano, não podendo ultrapassar sete dias. O projeto de lei aprovado mantém o benefício apenas para presos inscritos em cursos profissionalizantes ou cursando ensino médio e superior, pelo tempo necessário para a realização dessas atividades.

Além disso, a proposta estabelece a necessidade de exames criminológicos para a progressão de regime penal, bem como o monitoramento eletrônico obrigatório dos detentos em regimes semiaberto e aberto. Esse exame avalia critérios como “autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade”. A discussão sobre a derrubada do veto promete ser intensa nos próximos dias no Congresso Nacional.

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