As salas propostas no projeto são descritas como ambientes calmos, com paredes onduladas, sistema de iluminação que muda de cor e outros acessórios capazes de criar um ambiente aconchegante e acolhedor. A intenção do projeto é de proporcionar um espaço mais adequado e menos adverso para os passageiros com autismo, que frequentemente se sentem desconfortáveis devido aos estímulos sonoros, luminosos e visuais nos aeroportos.
O relator do projeto na comissão, deputado Murillo Gouvea (União-RJ), demonstrou concordância com os autores do projeto, os deputados Bruno Ganem (Podemos-SP) e Felipe Becari (União-SP), em relação à importância de oferecer um ambiente mais acolhedor para pessoas com autismo nos aeroportos do país. Gouvea destacou que algumas salas sensoriais já são uma realidade em diversos aeroportos no Brasil e no mundo, citando as iniciativas dos aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e Hercílio Luz (SC) como exemplos de espaços que atendem às necessidades de seus usuários.
A proposta ainda precisa passar pela análise das comissões de Viação e Transportes, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para votação em Plenário. Caso seja aprovada por todas as comissões, a proposta poderá seguir para sanção presidencial e se tornar lei.
A iniciativa de tornar obrigatória a disponibilização de espaços multissensoriais para pessoas com autismo nos aeroportos é um passo importante para promover a inclusão e garantir o bem-estar desses passageiros em ambientes tão movimentados e muitas vezes agitados. A medida representa um avanço na garantia dos direitos das pessoas com deficiência e reforça a importância de adaptar os espaços públicos para atender a diversidade de necessidades da população.