CAMARA DOS DEPUTADOS – Projeto de Lei propõe agilizar o processo de interdição de pessoas através de cartórios

O deputado Marangoni, do partido União-SP, apresentou o Projeto de Lei 96/23 com o objetivo de agilizar o processo de interdição de pessoas. Atualmente, esse procedimento é realizado exclusivamente pela Justiça, o que gera lentidão e burocracia. Com a proposta, será possível iniciar e acompanhar o processo de interdição também nos cartórios, desde que seja requerido por parentes imediatos, como cônjuge, filhos e irmãos.

A interdição é uma medida que restringe alguns direitos civis de um indivíduo, como a administração de seus bens e a tomada de decisões, que passam para a responsabilidade de um curador. Podem ser interditadas pessoas com doenças físicas ou mentais, dependentes químicos e aqueles que comprometem seu patrimônio de forma imprudente.

De acordo com o projeto em análise, os trâmites para a interdição poderão iniciar nos cartórios, com a supervisão do Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do domicílio da pessoa a ser interditada ou dos requerentes. Para isso, é necessário apresentar uma série de documentos, como relatórios e atestados médicos, declaração de testemunhas e certidões cíveis e criminais. Após análise e conferência desses documentos pelo oficial do cartório, eles serão encaminhados ao Ministério Público e, posteriormente, ao juiz responsável por decretar a interdição e nomear um curador.

Marangoni ressalta a importância de agilizar o processo de interdição, pois muitas vezes as pessoas interditadas ficam sem acesso a rendimentos, como salário, aposentadoria ou pensão. Ele argumenta que os Oficiais do Registro Civil das Pessoas Naturais possuem fé pública e já lidam com processos administrativos, como o processo de habilitação para casamento, o que facilita o acesso da população à Justiça.

O deputado enfatiza que o procedimento proposto é célere e adequado, pois conta com a participação de um advogado, do Ministério Público e do Juiz de Direito, mantendo a segurança jurídica. Vale destacar que a proposta pretende alterar a Lei de Registros Públicos.

O Projeto de Lei 96/23 seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será analisado em caráter conclusivo. Caso aprovado, o processo de interdição poderá se tornar mais rápido e eficiente, beneficiando as pessoas que necessitam dessa medida de proteção.

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