Câmara discute em audiência pública os casos de microcefalia

Sessão será conjunta com a Assembleia Legislativa e acontece na próxima segunda-feira, a partir das 14h, no Auditório da Casa da Indústria

As políticas públicas de atendimento às crianças com Síndrome Congênita do Zica serão tema de debate em uma audiência pública da Câmara Municipal de Maceió, marcada para a próxima segunda-feira (27), a partir das 14h, no auditório da Casa da Indústria, no Farol. A audiência e as discussões em torno do assunto têm a parceria da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). A iniciativa, aprovada por unanimidade pelo Plenário da Casa, é de autoria da vereadora Tereza Nelma (PSDB), enquanto que na ALE tem a assinatura da deputada estadual Jó Pereira (PMDB).

De acordo com Tereza Nelma, tem faltado prioridade no estado para o atendimento e cuidado com as crianças que têm nascido e sido diagnosticadas com microcefalia, provada pelo vírus do Zica em Alagoas. Segundo a parlamentar, um dos objetivos da audiência da próxima segunda-feira é produzir uma carta-compromissos de gestores estaduais e municipais para que as crianças tenham garantido todo tratamento necessário.

Uma das preocupações de Tereza Nelma com o assunto é com as novas gerações de alagoanos com deficiência. Sem o devido tratamento, as crianças com microcefalia terão mais atraso no desenvolvimento cognitivo e físico, por exemplo. “Dados do Grupo de Trabalho Nana, que faz parte da União dos Conselhos Municipais de Educação, ao lado da Câmara Municipal e Assembleia, mostram que Alagoas registrou 407 casos de bebês nascidos com suspeita da Síndrome nos últimos meses. Deles, apenas 107 foram diagnosticados e estão em tratamento. Mas, as demais crianças ainda faltam agendar e fazer exames, para, só depois disso, caso se confirme a Síndrome, passar a ter acompanhamento nas instituições responsáveis”, declarou a vereadora.

“Aqui em Alagoas, a Pestalozzi cuida de 15 crianças com microcefalia; a Uncisal atende a 22 delas e Adefal a 5. Se são 107 diagnosticados, onde estão os demais? E os que têm suspeita da Síndrome, mas ainda não têm os exames confirmando não são mais casos? Por esse motivo, o Grupo de Trabalho Nana, a Câmara e a Assembleia, pretende unire forças com as secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social do estado e de Maceió para buscarmos uma solução. Por exemplo, onde estão as creches com profissionais especializados para cuidar de crianças com microcefalia? O governo do estado precisa tomar pé da situação e agir”, avaliou Tereza Nelma, acrescentando que 80% das mães de crianças com suspeita da Síndrome ou com microcefalia são negras.

24/06/2017

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