Cada vez mais, a compra de produtos falsificados se torna uma prática comum no Brasil e gera discussões sobre suas consequências.

Polêmicas no mundo dos famosos são sempre muito acompanhadas pelos internautas. E há cerca de uma semana, uma nova treta chamou a atenção com o embate entre Val Marchiori e Nicole Bahls a respeito das bolsas utilizadas. Em entrevista a Maurício Meirelles, a socialite acusou a influenciadora de ter apenas bolsas falsificadas, em resposta, Nicole Bahls afirmou que não tinha apego aos itens e que são apenas acessórios, afirmando ser mais que uma bolsa.

No entanto, a discussão sobre a legitimidade das bolsas não esconde a seriedade do tema. Afinal, qual o problema de comprar uma bolsa falsificada, considerando que segundo dados cerca de 70,2 milhões de brasileiros já fizeram isso? Em 3 de dezembro, data do Combate à Pirataria, o EXTRA traz respostas de especialistas sobre o assunto.

Os posicionamentos de Val Marchiori e Nicole Bahls não foram enviados até o momento da publicação da reportagem. Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), esclarece que comprar uma bolsa falsa não é um crime tipificado no Brasil, mas que em países como Itália e França, a compra já é considerada um crime.

Vismona também destaca que, apesar do senso comum, a compra de produtos falsos não é restrita à população de baixa renda, e que a população de alta renda também costuma aderir a esse tipo de consumo, o que contraria valores éticos. Ele ainda ressalta que a compra de produtos falsificados não contribui com o desenvolvimento do país e financia o crime organizado.

Quanto à venda de produtos falsificados, Pedro Tinoco, sócio do escritório Almeida Advogados, afirma que tanto a falsificação quanto a venda de produtos falsificados são considerados crimes no Brasil, e prevê penas que variam de detenção a multas.

O impacto da compra de produtos ilegais vai além do prejuízo ao consumidor, pois, segundo Vismona, o Brasil perdeu R$410 bilhões para o mercado ilegal no ano passado, sem gerar empregos ou investimentos. A categoria líder em ilegalidades é vestuário, seguida por bebidas, combustíveis, cigarros, perfumes, cosméticos, TV por assinatura, material esportivo e defensivos agrícolas.

Para combater o mercado ilegal, Vismona sugere que os marketplaces atuem de maneira preventiva, utilizando filtros para coibir as ofertas de produtos falsificados. Ele destaca que as empresas têm facilidade em utilizar algoritmos para criar esses filtros e minimizar a presença de produtos ilegais em suas plataformas.

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