Beverly Johnson, primeira modelo negra na capa da Vogue, revela casos de racismo enfrentados ao longo de sua carreira de 50 anos.

A renomada modelo Beverly Johnson, pioneira ao ser a primeira modelo negra a estampar a capa da Vogue há quase meio século, vem revelando detalhes sobre o racismo que enfrentou ao longo de sua carreira. Em uma recente entrevista ao portal Page Six, Johnson, agora com 71 anos, compartilhou a chocante experiência de ter sido vítima de discriminação racial em um hotel nos anos 1980. De acordo com a modelo, ela foi nadar na piscina do estabelecimento e, após o uso, a piscina foi esvaziada.

Ao ser questionada sobre o nome do hotel em questão, Johnson recusou-se a revelar por medo de sofrer represálias legais. No entanto, a modelo destacou o apoio que recebeu de outra renomada colega de profissão, Lauren Hutton. Segundo Johnson, Hutton sempre a defendia quando se tratava de oportunidades de trabalho. A modelo revelou que em sessões de fotos, Hutton costumava questionar em voz alta o motivo de Johnson não estar estampando as capas das revistas, enfatizando sua beleza e talento. Johnson destacou a importância desse apoio, ressaltando que Hutton era uma das principais referências na moda naquela época, o que conferia ainda mais peso às suas palavras.

Atualmente, Beverly Johnson está envolvida na promoção de seu novo projeto, um espetáculo teatral Off-Broadway intitulado “Beverly Johnson In Vogue”. A peça promete contar a trajetória da modelo e trazer à tona questões relacionadas ao universo da moda e as barreiras enfrentadas por modelos negras ao longo dos anos. Com essa iniciativa, Johnson pretende não apenas trazer à tona suas experiências pessoais, mas também estimular o debate e a reflexão sobre a importância da representatividade e da luta contra o preconceito racial na indústria da moda.

A revelação de Beverly Johnson demonstra que, mesmo após décadas de sua estreia revolucionária na capa da Vogue, a luta contra o racismo e a busca por igualdade de oportunidades ainda são desafios enfrentados pelas mulheres negras na indústria da moda. Ao compartilhar suas experiências pessoais, a modelo reforça a necessidade de continuar a luta por um ambiente mais inclusivo e diversificado no mundo da moda.

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