Bancos reduzem juros do crédito imobiliário; veja comparativo

Os principais bancos no Brasil seguiram o movimento da Caixa Econômica Federal e também reduziram nas últimas semanas suas taxas para crédito imobiliário, acirrando a competição nas linhas de financiamento com recursos da caderneta de poupança.

Banco do Brasil, Bradesco e Santander passaram a anunciar novas taxas, enquanto o Itaú Unibanco manteve suas condições inalteradas mas em linha com as da Caixa. Com isso, as taxas mínimas em vigor ficaram bem próximas entre os principais bancos. Veja tabela abaixo:

Comparativo de juros para financiamento imobiliário

O realinhamento de taxas acontece em meio a um cenário de reaquecimento do mercado imobiliário, com maior número de lançamentos e aumento do volume de financiamentos, com os bancos reforçando o foco no crédito imobiliário e nos empréstimos para pessoas físicas como forma de compensar a contínua fraqueza na demanda das empresas por novos recursos para investimentos.

Condições em cada banco

As taxas de juros variam conforme os diferentes tipos de financiamentos imobiliários. Aqueles realizados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e pela linha pró-cotista costumam ter as taxas mais baixas, já que são regulados pelo governo e utilizam recursos da caderneta de poupança e do FGTS. O nível e tempo de relacionamento com o banco, valor do imóvel, bem como o perfil e renda do consumidor também costumam influenciar diretamente os juros cobrados pelos bancos.

Vale lembrar ainda que as taxas anunciadas são as mínimas, e que para conseguir esse preço o tomador precisa quase sempre aceitar uma série de condições, sobretudo maior relacionamento com o banco.

Caixa

Na Caixa, os juros do crédito imobiliário foram reduzidos no dia 16 de abril, após 17 meses de taxas congeladas nas linhas que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, o que levou o banco a perder a liderança no segmento.

A Caixa diminuiu sua taxa mínima para Sistema de Financiamento de Habitação (SFH) de 10,25% para 9% ao ano. Essa é a modalidade para financiar residências de até R$ 800 mil para todo o país e no valor de R$ 950 mil para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), cujos valores dos imóveis são acima dos limites do SFH, a taxa mínima caiu de 11,25% para 10% ao ano.

Com isso, a Caixa igualou as taxas cobrada pelo Itaú, que até então oferecia as menores taxas.

Desde então, outros bancos seguiram o reposicionamento da Caixa e também reduziram seus juros para um patamar abaixo do das duas instituições.

Banco do Brasil

No Banco do Brasil, a taxa de juros foi reduzida no dia 24 de abril de 9,24% para 8,89% ao ano no SFH e de 10,15% para 9,35% ao ano na carteira hipotecária.

O banco tem oferecido também a portabilidade do financiamento imobiliário contratado por seus clientes em outras instituições. “Em nossa estratégia de relacionamento, buscamos oferecer aos nossos clientes as melhores soluções em crédito e a portabilidade insere-se no contexto de assessoria financeira, podendo ser positiva para o cliente, dependendo das condições ofertadas”, afirma.

Santander

No Santander, a taxa de juros foi reduzida no dia 25 de abril de 9,49% para 8,89% ao ano no SFH e de 9,99% para 9,49% ao ano no SFI. “Para contratar o crédito imobiliário com as novas taxas, é necessário ser cliente pessoa física com relacionamento e optar pelo pagamento do financiamento em parcelas atualizáveis (SAC)”, afirma o banco.

Bradesco

No Bradesco, os juros foram reduzidos de 9,3% para 8,85% ao ano do SFH, e de 9,7% para 9,3% ao ano no SFI. Questionado pelo G1 sobre a data em que as taxas foram cortadas, o banco informou apenas que a “alteração ocorreu em abril”. Segundo a agência Reuters, em vez de focar em divulgar alterações em suas taxas, o Bradesco tem oferecido cobrir os preços da concorrência.

Itaú

No Itaú, as taxas seguem as mesmas, no mesmo patamar das anunciadas pela Caixa. Segundo o banco, os juros cobrados “estão em linha com as praticadas pelo mercado”. “Importante ressaltar que o percentual é de até 82% do valor do imóvel, com valor mínimo de R$ 80 mil (tanto para imóveis novos como usados)”, destaca.

G1 – 7/5/18

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