Banco Central registra resultado negativo em 2023 devido a taxas de juros e câmbio, afirma chefe de departamento

O balanço financeiro do Banco Central referente ao ano de 2023 foi tema de discussão nesta quinta-feira, 28, durante a aprovação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). De acordo com o chefe do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira da autoridade monetária, Eduardo Russolo Ferreira, os principais fatores que culminaram no resultado negativo foram as taxas de juros, tanto internas quanto externas, e, especialmente, as taxas de câmbio.

Russolo explicou que as taxas de câmbio tiveram um impacto significativo devido à grande reserva em moeda estrangeira que o Brasil possui, estimada em US$ 355 bilhões. Essa reserva é convertida em reais no momento do balanço do Banco Central, o que influencia diretamente no resultado final apresentado.

O resultado negativo do BC foi de R$ 114,2 bilhões em 2023, sendo que R$ 111,2 bilhões desse montante precisarão ser cobertos pelo Tesouro Nacional. Segundo o chefe do departamento, a cobertura desse valor será realizada no início de 2025, conforme as disposições da legislação que regula a relação entre o órgão federal e a autoridade monetária.

Além disso, o CMN aprovou um passivo de R$ 1,039 bilhão no balanço do BC, referente à provisão do Benefício Especial destinado aos servidores públicos que migraram para o Regime de Previdência Complementar antes de 4 de fevereiro de 2013. Embora a obrigação de calcular esse passivo existisse desde a primeira migração de servidores, somente em 2023 o Banco Central conseguiu estabelecer uma metodologia adequada para o cálculo e passou a reconhecer o valor no balanço financeiro.

Diante desses números, fica clara a importância de uma gestão financeira criteriosa por parte do Banco Central, especialmente diante de fatores externos como as taxas de câmbio que podem impactar diretamente nas finanças da instituição.

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