Banco Central do Brasil reduz taxa básica de juros para 12,25%, o menor patamar desde maio de 2022

Na quarta-feira, o Banco Central do Brasil fez mais um corte na taxa básica de juros, Selic, diminuindo-a em meio ponto percentual. Essa é a terceira redução consecutiva e faz com que os juros brasileiros alcancem o menor nível desde maio de 2022, atingindo 12,25%. Esperava-se que essa magnitude de queda já tivesse sido indicada pelo próprio BC em setembro.

Essa decisão de redução dos juros reflete a queda da inflação no país, bem como a melhora das expectativas. Segundo o Boletim Focus, o mercado financeiro estima que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrará o ano em 4,63%, dentro da meta estabelecida pelo governo de 4,75%. As projeções para os anos seguintes (2024 e 2025) também se encontram dentro da margem de tolerância.

A importância da execução das metas fiscais já estabelecidas foi ressaltada pelo Banco Central na reunião de setembro. O Comitê reforçou a necessidade de o governo ser firme nessa persecução, tendo em vista a ancoragem das expectativas de inflação e a condução da política monetária.

A possível mudança na meta fiscal para 2024 aumenta as incertezas em relação ao ritmo de cortes de juros no próximo ano. A equipe do ex-presidente Lula teme uma repetição dos erros do governo Dilma em relação ao déficit fiscal.

Além disso, na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os nomes dos dois novos diretores do Banco Central, que assumirão seus cargos em dezembro. Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira foram indicados para as diretorias de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, respectivamente.

Essas mudanças no BC, somadas à decisão do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, de manter suas taxas de juros inalteradas em 5,25%, resultaram em um impacto positivo no mercado financeiro brasileiro. O dólar caiu em relação ao real e o índice Ibovespa encerrou o dia com alta.

Com essas movimentações, fica a expectativa de como a política monetária e as metas fiscais serão conduzidas nos próximos meses, sendo necessário acompanhar de perto as ações do Banco Central e do governo para avaliar os efeitos dessas medidas na economia do país.

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