Danylo Chufarov, atleta de 34 anos e vice-campeão paralímpico de natação em Pequim 2008, descreve a luta diária pela sobrevivência como o principal objetivo de cada dia, relembrando os momentos vividos em Mariupol ao lado de sua esposa. A invasão russa em 2022 colocou em segundo plano a preparação dos principais candidatos ucranianos a medalhas em Paris, como Mykhailo Serbin, campeão paraolímpico de natação.
A delegação ucraniana costuma obter bons resultados no cenário paralímpico, com conquistas significativas nos Jogos das Paraolimpíadas do Rio 2016 e de Tóquio 2021. No entanto, a atual situação de guerra na Ucrânia tem impactado diretamente a trajetória dos atletas, como no caso de Andrei Demchuk, campeão paraolímpico de esgrima em cadeira de rodas, que precisou se estabelecer na Polônia para continuar sua preparação.
Os relatos de Chufarov e Serbin sobre as dificuldades enfrentadas durante a guerra, como bombardeios constantes, falta de comida e água, além da impossibilidade de treinar devido aos ataques aéreos, revelam a coragem e a resiliência desses atletas para seguir em frente. Mesmo diante de um cenário de adversidade, eles permanecem determinados a representar a Ucrânia nos Jogos de Paris e a seguir em busca de seus objetivos esportivos.
A guerra, que já causou milhares de mortes na cidade de Mariupol e em outras regiões do país, adiciona um peso emocional às competições paraolímpicas. A vitória dos atletas ucranianos é vista não apenas como um triunfo esportivo, mas também como um símbolo de resistência e esperança para o povo ucraniano em meio ao conflito.
Assim, as conquistas desses atletas paraolímpicos não só representam o esforço e a dedicação no esporte, mas também simbolizam a força e a determinação de um país que enfrenta desafios extraordinários. Suas histórias de superação e coragem inspiram não apenas no campo esportivo, mas também como exemplos de resiliência em tempos de adversidade.
