O ataque ocorreu por volta das 11h30 no horário local contra o navio cargueiro M/V True Confidence, com bandeira de Barbados e propriedade da Libéria. Os houthis alegaram, em comunicado, que o ataque foi direcionado e causou um incêndio na embarcação, que posteriormente foi abandonada.
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, as mortes eram “tristemente inevitáveis” devido à irresponsabilidade dos houthis, que têm lançado ataques sem considerar a segurança e bem-estar de civis inocentes que transitam pela região. Miller ressaltou que os Estados Unidos vão responsabilizar o grupo pelos ataques que têm prejudicado o comércio internacional, a liberdade de navegação e colocado a vida dos marítimos em risco.
Em resposta aos ataques dos houthis, os Estados Unidos implementaram uma força multinacional de proteção marítima e têm realizado bombardeios contra posições dos rebeldes no Iêmen, com o apoio do Reino Unido em algumas ocasiões. A coalizão formada contra os houthis informou que mais de 45 ataques com mísseis e drones foram lançados pelos rebeldes contra embarcações comerciais e navais no Mar Vermelho, porém a maioria foi interceptada ou caiu no mar, sem atingir nenhum navio militar.
O Golfo de Áden é uma rota crucial de acesso ao Mar Vermelho, por onde diversas embarcações transitam a caminho da Europa através do Canal de Suez, que se conecta ao Mar Mediterrâneo. Estima-se que cerca de 15% do comércio mundial utilize essa rota, porém devido aos ataques dos houthis muitos navios têm optado por contornar o continente africano como alternativa. Segundo a ONU, houve uma queda de 42% no tráfego mensal pelo Canal de Suez na primeira quinzena de fevereiro em comparação com o pico em 2023. A situação permanece delicada na região e medidas de segurança estão sendo reforçadas para proteger as embarcações que utilizam essa importante rota marítima.