O Impostômetro leva em consideração valores de impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. Do montante já desembolsado, cerca de R$ 331,6 bilhões foram direcionados para a esfera federal, R$ 137,3 bilhões para a esfera estadual e R$ 31,1 bilhões referentes à esfera municipal.
Comparando o período do ano atual com o mesmo período de 2023, houve um aumento de 16,4% na arrecadação. No ano anterior, a marca alcançada foi de R$ 429,6 bilhões, sendo R$ 285 bilhões destinados à esfera federal, R$ 117,9 bilhões para a esfera estadual e R$ 26,7 bilhões referentes à esfera municipal.
Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, esse aumento na arrecadação é resultado tanto da elevação da inflação nos preços dos bens, em um ambiente onde o sistema tributário penaliza consideravelmente o consumo, quanto do aumento da atividade econômica. O especialista ainda observa que a inflação ao longo do ano deve ficar mais controlada, o que pode resultar em um crescimento mais moderado da arrecadação, estimado em cerca de 3%.
Esses números revelam o peso dos impostos sobre a vida dos brasileiros e como a alta carga tributária impacta diretamente no consumo e na economia do país. A expectativa é de que os contribuintes continuem a desembolsar grandes quantias em tributos ao longo do ano, o que ressalta a importância de um debate aprofundado sobre a reforma tributária no país. Com isso, espera-se que o sistema tributário brasileiro se torne mais justo e eficiente, visando o equilíbrio entre a necessidade de arrecadação do governo e o impacto sobre a população e o setor produtivo.