Apesar dos bons personagens, ‘Segundo Sol’ empaca no Ibope

Em sua reta final, Segundo Sol entra na 19ª semana de exibição com média de 32 pontos de audiência. Este índice representa 6,5 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo, principal área de aferição da empresa Kantar/Ibope.

A novela das 21h da Globo possui numeroso público, porém não repete o êxito das antecessoras. O Outro Lado do Paraíso, de Walcyr Carrasco, teve média de 38 pontos, e A Força do Querer, escrita por Gloria Perez, marcou 36.

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Comparações são sempre inadequadas (e, às vezes, injustas), mas o mercado publicitário e a própria Globo utilizam esses dados. Servem de parâmetro para definir a aplicação de milionárias verbas publicitárias e eventuais mudanças nas tramas, diz o Terra.

Segundo Sol começou bem, com enredo interessante e ágil. Aos poucos, perdeu ritmo e passou a acumular clichês e incoerências. Exige dose extra de complacência dos noveleiros para engolir uma protagonista titubeante – Luzia, papel defendido pela sempre competente Giovanna Antonelli – e situações poucos originais que se arrastam inexplicavelmente.

Os bons personagens compensam os deslizes dramatúrgicos. Contudo, até o mais carismático deles, Rosa (Letícia Colin), perdeu força ao ser esganado por ações pouco convincentes que servem unicamente para esticar os frágeis segredos do roteiro.

Ainda que irregular, Segundo Sol é superior à criação anterior de João Emanuel Carneiro, a soturna A Regra do Jogo (2015-2016), com média de 29 pontos no Ibope, mas fica longe do maior sucesso do autor, Avenida Brasil, que em 2012 marcou 38 pontos no geral e virou mania no País.

Com término previsto para meados de novembro, o atual folhetim enfrenta agora o obstáculo da propaganda eleitoral gratuita na TV. Em alguns dias, o Jornal Nacional é esticado e Segundo Sol entra no ar às 22h. Esse atraso pode fazer a produção perder muitos telespectadores.

17/09/2018

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