A denúncia foi feita na manhã da terça-feira por uma mulher do estado de Pernambuco que afirmava ser avó da criança. Ela contou que a mãe da menina havia saído de casa na noite anterior e deixado a criança trancada. A polícia foi acionada e ao chegar no local, constatou que a criança estava sozinha na residência, sendo necessário até mesmo arrancar uma barra de ferro da janela para entrar no imóvel. A menina foi levada para o Conselho Tutelar do bairro e posteriormente deixada com o tio.
Os vizinhos informaram que tiveram que dar comida à criança através da janela. Além disso, revelaram que perceberam que a menina estava sozinha em casa porque ela gritou assustada quando o ventilador caiu no chão. Preocupados, os vizinhos entraram em contato com a avó paterna, que mora em Pernambuco, e acionaram a polícia.
A mãe da menina chegou em casa por volta das 13h e foi conduzida para a Central de Flagrantes. Em seu depoimento, ela confessou que saiu de casa às 22h do dia anterior e só retornou após a polícia ser acionada. Ela admitiu que não deixou ninguém cuidando da criança e justificou sua ausência alegando que o carro que iria voltar quebrou, argumentando também que foi a primeira vez que fez isso e que o pai das crianças faleceu. A outra filha dela de um ano e seis meses estava na casa da avó.
O delegado Vinicius Ferrari arbitrou uma fiança de R$ 8.520,00, mas a mulher declarou que não queria efetuar o pagamento e, por essa razão, permanece presa e à disposição da Justiça. Ela foi autuada pelo crime de abandono de incapaz, já que o agente é descendente da vítima.
Esse caso traz à tona a discussão sobre a negligência e a responsabilidade dos pais no cuidado com os filhos. O abandono de incapaz é uma prática criminosa e merece ser tratada com seriedade pelas autoridades competentes. A situação da criança trancada em casa representa um risco à sua segurança e bem-estar, e é preciso que medidas sejam tomadas para garantir a proteção dessas vítimas.